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Principalmente, me sinto cansada


São muitos tudos e nadas ao mesmo tempo. São muitas coisas acontecendo rapidamente e outras tantas caminhando à uma lentidão absurda.


Às vezes a capacidade humana de segurar tantos pratos ao mesmo tempo, de se desdobrar em milhares sem deixar a peteca cair, me surpreende. Me faz perceber as nuances de como somos complexos, múltiplos, tantos e tão pouco ao mesmo tempo.


Para mim, que busco sentido nas palavras, que uso a escrita como uma forma de ordenar as coisas em uma mente caótica, hoje simplesmente estou cuspindo palavras ao vento.


É como estar num grande limbo de expectativas, pro bom e pro mal, para o tudo e para o nada. O presente vai muito bem, obrigada. Mas e o resto? O resto está, está voando como os meses desse ano que se foram e mal pude sentir, apenas pelo calendário; mas também está completamente parado, à espera de algos ou alguéns ou respostas.


Estranho é o equilíbrio entre estar bem e sentir-se tensa, apreensiva. Poder sorrir e pensar em tomar um sorvete amanhã, mas com a preocupação de que tudo pode mudar em segundos.


Esse texto não tem o menor sentido.


Ao menos não para você, leitor.

Essas palavras jogadas refletem uma vastidão de questões, pontos, ideias, esperanças, mágoas, tudo, nada.


Também é curioso ver o quanto coisas que um dia me feriram, hoje não ferem mais. Talvez eu tenha amadurecido, talvez eu apenas tenha cansado de tentar. Talvez.


Tal qual a música de Luísa, esse texto não tem ritmo, sentido, rumo. Ele apenas é.


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Foto de JJ Shev na Unsplash

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Marina Souza

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