Dias e dias
- Marina Luizato
- 19 de ago. de 2024
- 3 min de leitura
Há dias que são simplesmente impossíveis. Ontem, domingo, foi um deles.
Depois de um pequeno caos familiar, e depois de 8 meses afundada em um desgosto absurdo e autopiedade, ontem eu cheguei ao meu queridíssimo limite.
Ainda que eu seja muito capaz de reconhecer todas as regalias que minha vida me proporciona e que tive a chance de alcançar, é inexplicável a sensação de não-pertencimento que eu sinto diariamente. Chega a ser ridículo o quão vazia eu me sinto diariamente. Sim, doideira.
Motivo? Deve ter algum que eu ainda não sei (ou finjo que não sei o que é porque a vida adulta e ser responsável fala mais alto que meus próprios desejos).
Mas então eu fiz uma faxina (na base do ódio) e ouvindo a minha playlist para momentos de raiva, tomei um belo de um banho, fiquei linda e fui fazer o que era necessário para minha aura: sair de casa. Por mais que eu ame meus pets e ficar agarrada com eles, esse apartamento suga minhas energias e eu precisava sair uns instantes.
Bati perna por aí, gastei dinheiro com skincare, comprei os bichinhos do BTS (e eu nem escuto essa banda, mas os bonequinhos tão fofos!) e, como passe de mágina, eu voltei para casa mais calma e branda (meu tio usou essa palavra recentemente e achei chique, então vou usar também).
Depois de quase 2 anos batendo cabeça na parede, meu domingo de choro e autopiedade e auto-penitência e autocríticas me fez chegar em algumas conclusões (óbvias, talvez, mas sempre mais dignas de serem assimiladas quando o seu limite é atingido):
Ninguém se importa e ninguém está realmente se importando com nada que você faça ou deixa de fazer (a não ser que você machuque alguém ou cometa um assassinato);
As pessoas com as quais você se preocupa com a opinião são as que você deve menos se importar, no final do dia. São monstros criados pela sua própria mente e que não fazem nenhum sentido com a realidade;
Agradar aos outros (seja para o bem ou para o mal) no final só machuca a você mesmo. As demais pessoas podem até ficar felizes, mas vai ser a custa da sua vida;
Nunca é realmente tarde para ir curando sua criança interior e tentar fazer as coisas que brilhavam seus olhinhos antigamente;
Sair de casa, tomar uma vitamina D na pele, se hidratar e comer uma baboseira faz bem DE VERDADE;
Comer bem e comer limpo é bom d+;
Ser a pessoa que você é de verdade, fora dos quatro cantos do seu apartamento quando está sozinha (ou até mesmo fora da sua própria mente) faz bem demais para a saúde mental e deve ser iniciado JÁ.
Provavelmente me faltaram muitos pontos, mas foi o que consegui angariar até o momento. Pudera, era para ter escrito isso no próprio domingo, mas quis deixar para hoje! E aí vai mais um ponto:
8. Não tente ser igual aos outros ou fazer igual aos outros. Só você vai fazer que nem você.
Esse é um bom recordatório para mim mesma.
Sempre deixei meus próprios desejos e impulsos criativos de lado porque pensava que precisava me moldar ao que as demais pessoas estavam fazendo, ou que deveria agradar aos ouvidos de Fulano ou Ciclano (ambos seres inexistentes). E aí eu perdia o tesão pela coisa. Por que será?
Então vamos aí para mais um texto sem pé nem cabeça para marcar a volta desse blog pessoal que eu adoro pelo simples motivo de que posso ser a pessoa quem eu mais deveria amar: eu :)
Abaixo, fotos da minha tentativa de encontrar pequenas alegrias :)
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