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De volta para casa - Parte 2

Agora a viagem está quase acabando. Os tempos 100% vividos e em presença, além de uma preguicinha grande, não me permitiram escrever sobre todas as reflexões que vim tendo nesse período em terras tupiniquins.


A gratificação e a saudade já apertam forte. Existe uma felicidade de voltar aonde eu estava, voltar para a minha nova família, para meus amores. Mas a falta dos que permanecerão aqui já está sendo sentida com dias de antecedência.


Um mar de compreensão, aceitação, auto reflexão, mistos de sentimentos e pensamentos (que gerarão mais textos, provavelmente) é o que tem preenchido meus dias ultimamente. As sessões de terapia tem refletido os avanços em me respeitar, me entender, me conhecer e ser cada vez mais a pessoa que eu devo ser.


É tão grandioso voltar para espaços que um dia foram de dor, e hoje são apenas espaços em branco, com boas memórias e prontos para terem novas histórias. É reconfortante saber que traumas passados hoje estão enterrados, perdoados em minha alma, e seguir em frente foi a melhor decisão que já tomei.


Ter voltado após 6 meses só reiterou o que já era de meu conhecimento: por mais que parecesse uma ideia louca e absurda largar tudo e todos para morar fora, foi a decisão mais acertada da minha vida. A disponibilidade de tempo me deu espaço para enfrentar meus demônios mais profundos, meus medos mais aterradores, meus fantasmas mais perigosos. Foi uma dor louca, absurda. Por muito, achei que não suportaria. Mas eu venci.


Não me entendam mal: isso é uma guerra para a vida inteira. Não há linearidade na vida, e com certeza ainda há males a serem enfrentados até o dia final. Mas essa pequena parte que chamamos de agora... ela tem sido mais fácil de levar do que os últimos muitos anos.


É como estar sob efeito de entorpecentes constantemente. As plantas são mais verdes; o céu, mais azul. A música, os sons nas ruas, os podcasts tocando no fone de ouvido, são mais nítidos, claros e gostosos de ouvir.


Que beleza é se sentir bem.


E não falo por arrogância ou prepotência, pelo amor. É apenas um reconhecimento, com muito orgulho, de todo esforço que coloquei na minha recuperação, algo que nem nos meus remotos e antigos tempos, fui capaz de sentir.


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Marina Souza

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