Eu voltei, agora pra ficar

Um longo inverno passou (amo usar essa frase de Game of Thrones sempre que posso) e, agora, me sinto pronta para voltar a escrever.

Não tem muito começo, meio ou fim. As coisas só aconteceram. Ou pararam de acontecer.

Mentalmente, eu não estava em lugar nenhum. Meu cérebro se tornou um mingau, minha alma se esvaiu sabe-se lá para onde, e meu coração pesava milhões de toneladas. Obviamente, eu quis me esconder atrás do meu luto para justificar tudo isso; afinal, o que mais poderia ser? Mas, na verdade, meu luto abriu meus olhos para outras tantas coisas que eu deixei muito bem escondidas.

E o buraco era bem lá em baixo. Bem lá no fundinho mesmo. Batia uma brisa bem eventual, assim como uma pequena faixa de luz. E foi lá que eu fiquei durante esses quase 6 meses. E depois de terapia, lágrimas, muitas compras desnecessárias e lanches da padaria da esquina, me sinto pronta para vir à tona e emergir novamente, mas não como eu era: agora eu quero ser quem eu sempre quis/idealizei ser, e nunca fui.

You see, não há mais espaços para fingir. Tenho 30 anos e, por mais nova em idade que isso seja, não quero ter que passar mais 30 tentando me encaixar em algo, tentando não ser o que meu coração/alma/minha mini-eu gritam à plenos. Parece dramático, soa dramático. Mas é porque hoje, particularmente, eu estou bem. Eu sou eu - ou aquela que sempre quis ser. Então, ao ler isso, parece exagero, parece demais para a situação. Mas Bob sabe que não é assim em 97% do tempo.

E por isso eu voltei. Para exercer minha liberdade e criatividade. Para ser a versão que a Marina de 5 e 13 anos um dia imaginaram ser. Para isso eu estou aqui :-)

E com umas imagens minhas e com um pouco de IA, encerro esse post!