Como viajar com seu cão para o México?
- Marina Luizato
- 28 de fev. de 2023
- 4 min de leitura
Sim, esse é o primeiro post informativo do blog!
Venho compartilhar como foi viajar com meu cãozinho Sam para o México.
Quando o adorei em janeiro de 2022, sabia que teria que incluí-lo em qualquer plano doido que eu tivesse na minha vida, porque:
- Ele seria minha responsabilidade a partir de então;
- Porque eu o amo muito, e ele também me ama;
- Porque ele confia em mim, e não poderia ser mais uma que falharia com essa alminha canina incrível.
Desde então, busquei informação online de como eu poderia levá-lo para onde eu quisesse e vou lhes dizer: não foi tão simples. Não existe um manual 100% claro que explique os trâmites e documentações necessárias, além de que os (poucos) blogueiros que encontrei que fazem esse tipo de viagem não compartilham tudo em detalhes e ainda cobra para explicar.
Então eu, basicamente, decidi me virar. Depois de um tempo procurando nas páginas do governo brasileiro e mexicano, segue tudo que pude encontrar e que tive que fazer para que ele viesse comigo.
Diferenciações pertinentes
Existem dois processos que se é necessário fazer, dependendo do que você deseja. O primeiro é que todo gato e/ou cachorro que vai sair do Brasil e ir para o México precisa de uma documentação legal assinada pela VIGIAGRO (Ministério da Agricultura e Pecuária), independentemente de como ele vá (no bagageiro ou na cabine do avião). Esse é o processo principal (e também o mais chatinho) a ser feito.
O segundo passo é se você quer que seu animalzinho vá com você na cabine, e não despachado. As companhias aéreas aceitam animais de serviço sem problemas ou restrição, mas possuem regras diferentes quando falamos de cães de suporte emocional. O Sam viajou comigo como esse último.
Agora vamos ao passo a passo e mais explicações.
Como obter a documentação da VIGIAGRO para ir ao México
Na página do governo brasileiro é possível encontrar todas as informações, apesar de estar bem confuso em alguns pontos. Cada país possui suas exigências de quais documentos, medicações, chips, procedimentos, etc é permitido para que seu pet entre em território. Nesse link você encontra para cada um deles. Mas aí é que fica confuso, porque dessa página você é direcionado para outros vários links que te deixam completamente doidinho e pensando "meu deus eu com certeza esqueci algo".
Então vamos lá! O segredo é descer essa página e encontrar tudo com referência ao país que você vai, porque é nessa última página aí que você encontra o que (particularmente) me salvou, que é o Manual do Cidadão - CVI Eletrônico México.
Esse manual está 100% completo, passo a passo, em detalhes, sem problema nenhum! E inclusive fala sobre como Solicitar Certificado Veterinário Internacional para viajar com seu cão ou gato (CVI). Mas esse link é apenas para referência, porque o Manual do Cidadão salva vidas e, sem ele, eu teria feito muita coisa errada.
Bom, cada país tem suas especificidades. O México, por exemplo, demanda algumas desparasitações, vacinas, tudo em detalhe na carteirinha de vacinação e no CVI.
"Mas tá, achei tudo isso de informação, e agora?""
Só é possível dar entrada nessa papelada e fazer o check-up com o veterinário 15 dias antes da viagem. UM ABSURDO PARA ANSIOSOS, mas é assim que a banda toca. O ponto positivo é que o sistema on-line da VIGIAGRO é muito rápido e dá tempo certinho.
AGORA ATENÇÃO: alguns lugares exigem que a documentação seja chancelada por um veterinário do governo brasileiro de forma presencial. Nesse caso, é necessário agendar um dia/horário na VIGIAGRO de sua cidade/Estado e solicitar que seja feito.
O meu foi quase um pesadelo mas no final deu tudo certo, então é isso que importa.
Com o documento CVI pronto e chancelado pelo governo brasileiro, aí é só partir pro abraço!
2. Quero levar meu pet na cabine
Aí existem muitas variantes.
No meu caso, eu viajei de Avianca, essa que em dezembro de 2022 tornou-se low cost, e mudou as regras em fevereiro de 2023 mudou as regras para animais que viajam na cabine. Como comprei minha passagem ANTES da mudança das regras para animais, consegui viajar com o Sam na cabine ao meu lado.
Para isso, precisei pedir ao meu psiquiatra um laudo de que o Sam é meu animal de suporte emocional. Considerando meu quadro de depressão e ansiedade, era justificável. O documento foi feito, assinado digitalmente e é necessário apresentá-lo na companhia aérea na hora do embarque.
Não foi necessário pagar nenhum valor adicional; a atendente da Avianca bloqueou o lugar ao meu lado para que o Sam tivesse espaço para ficar mais tranquilo, como podem ver.

Mas é bom ficar atento: a maioria das companhias aéreas só aceitam animais de até 10kg na cabine, mesmo sendo de suporte emocional. O Sam tem 20kg, mas foi uma grande exceção (e sorte).
3. Como foi viajar com o Sam?
Não sei se foi o destino que me fez adotar o Sam, porque ele foi um absoluto anjo a viagem inteira. Não pentelhou ninguém, não latiu nenhuma vez, dormiu muito, nem se deu conta das turbulências. Fizemos uma viagem no total de 12 horas, com escala em Bogotá, e só depois que chegamos na Colômbia que ele começou a ficar chatinho (mas também, pudera).
E bem, em um resumo muito longo, foi isso!
Espero que esse post seja informativo o suficiente a respeito! Quem sabe eu grave um vídeo a respeito também.
Un saludo desde México, de Sam y yo!
Detalhes adicionais
- A viagem aconteceu em fevereiro de 2023. As coisas mudaram e mudarão conforme o tempo passa.
- Sam tem 4 anos e pesa 20kg no período da viagem.





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